A ESCOLA ESTADUAL
ADALGISA DE PAULA DUQUE É SEMIFINALISTA
DAS OLIMPÍADAS DE PORTUGUÊS 2012
As
Olimpíadas de Língua Portuguesa Escrevendo o futuro é um projeto do
governo federal juntamente com alguns parceiros que tem por objetivo contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita de nossos
educando e ajudar na formação dos educadores. Ela ocorre de 2 em 2 anos, durante os meses de maio a setembro
e em outubro é divulgado o
resultado dos semifinalistas e finalistas
dos melhores textos .
Os professores
desenvolvem nas salas de aula oficinas de leitura e escrita propostos nas
sequências didáticas do material enviado,
de acordo com os gêneros pedidos
que são: poemas (5ºano e 6ºano do Ensino Fundamental) ,memórias literárias
(7º e 8º ano do ensino fundamental ), crônicas (9ºano do ensino fundamental e
1º ano do ensino médio) e artigo de
opinião ( 2º e 3º ano do ensino médio),
o tema é “O lugar onde vivo” .
Durante muito
tempo a escola participa do projeto e
este ano de 2012 , fomos premiados com o
título de SEMIFINALISTAS no Gênero
Artigo de Opinião com o texto da
aluna do 2º ano do ensino médio, Samara
Moreira de Paula Paiva. A estudante semifinalista e sua professora de português Fernanda de Paula Assis Campos receberam
a medalha de bronze . É
importante ressaltar que a estudante autora ainda está concorrendo a etapa final
podendo ser uma finalista do concurso.
“Desafio foi o sentimento que me impulsionou
a participar das Olimpíadas de
Português deste ano ,pois apesar de ter
participado de anos anteriores ,este foi o primeiro que trabalho com o gênero
“Artigo de opinião” e conhecendo a dificuldade de nossos alunos em argumentar ,confesso que tive medo ,mas enfrentei e hoje estou muito feliz e com a sensação
de missão cumprida e premiada , afinal junto com a Sâmara
,traremos para nossa escola e cidade de Lima Duarte , a medalha de bronze e apesar da
desvalorização do professor hoje , posso
dizer que momentos como este que nos
impulsionam a sermos cada vez melhores e fazermos a diferença na vida de nossos
alunos.”
(Depoimento da professora
Fernanda ).
Segue abaixo o texto vencedor :
Destruindo
memórias versus modernização
Lima Duarte situa-se na Zona da Mata Mineira , seu
povoamento é um dos mais antigos da
região remontando aos fins do século
XVII e, em 1740 surgem as primeiras construções. O lugar onde vivo pôde ser considerada por muitos anos como uma
cidade histórica já que possuía além de
imóveis, monumentos antigos que traziam
um novo contraste para a cidade como a
antiga praça ,localizada no centro da cidade, próxima ao fórum que,
infelizmente, foi demolida para modernização do local. Essa demolição
causou muita polêmica, visto que muitos foram contra e outros à favor.
Acredito
que só é possível construir uma identidade
histórica se deixarmos um pouco
nossa individualidade de lado e começarmos a pensar no bem comum,pois assim
estaríamos evitando que nossas memórias sejam apagadas. Portanto, sou
contra a demolição da praça
visto que, a mesma possuía as
iniciais do nome da cidade moldados em cimento, além de pisos com traços
de pinturas antigas e bancos que
serviam como um álbum de selos com nomes e símbolos dos primeiros bares.
É preciso investimento para manter qualquer patrimônio
histórico, imagine se a Catedral de
Notre Dame fosse destruída, se o
Coliseu romano fosse sacrificado para
erigir-se um condomínio vertical ou se promovessem a demolição das verdes florentinas
onde pisaram Maquiavel e Michelangelo para se colocar asfalto não trepidarem? Se essas e outras transformações tivessem acontecido definitivamente não haveria nenhuma
construção simbólica para dar base
cultural a todos, sobrepondo-se as memórias individuais e regionais.
Também não podemos esquecer que as pessoas
dizem que “gostam” de edificações
preservadas, mas freqüentemente poucas “valorizam” a ponto de gastar recursos para preserva-las e isso se deve a vulgarização da cultura difundida pelos meios de comunicação que impossibilita a reflexão da sociedade, fazendo com que todos fiquem alienados
e aceitem passivamente as mudanças consideradas benéficas, mas que na verdade buscam impor formas de comportamento e consumo, isso pode ser um
exemplo grandioso demais se comparado a Lima Duarte, mas ambos são exemplos de
preservar a cultura. Melhor seria, se
o nosso prefeito tivesse investido o
dinheiro preservando a praça e tudo de histórico que ela possuía, ao invés de destruir o que estava pronto,
retirando também a identidade do local.
A prática de preservação
do patrimônio se estabeleceu no
país em 1930 e através do
tombamento é possível ainda impedir a destruição de bens culturais
o que nos possibilita resgatar parte de nossa história.
Entretanto, se continuarmos transformando construções
antigas e significativas em lugares
modernos como ocorreu em nossa
praça~,nos próximos anos não teremos
mais vestígios de nossas origens e então, voltaremos a estaca a zero e os futuros limaduartinos serão povos sem
marcas da sua história.
ALUNA: Samara Moreira de Paula Paiva-2ºano c
PROFESSORA : Fernanda de Paula Assis Campos